O rumo certo pode ser as debêntures de infra-estrutura
Postado por MGonzalez no 15 de Março de 2011O pacote do governo voltado para criar um mercado de crédito privado de longo prazo para financiar grandes programas de investimento pode levar a indústria de fundos de investimento a criar novos produtos.
Um deles, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), deve ser voltado para as debêntures vinculadas a projetos de infra-estrutura. Em dezembro, o governo anunciou algumas das medidas do pacote para desenvolver o financiamento privado de longo prazo.
Entre as medidas tomadas, está a isenção de imposto de renda sobre o rendimento de debêntures voltadas para as infra-estruturas que forem compradas por pessoas físicas, além da redução da tributação para pessoas jurídicas a 15%. Com isso, a presidente do Sub-comitê de Base de Dados da Anbima, Luciane Ribeiro, acredita que a indústria de fundos já deve estar se preparando para lançar novos produtos.
Ela considera a oportunidade interessante, principalmente devido ao benefício fiscal, mas também às perspectivas que o setor de infra-estrutura tem, dado o elevado nível de investimentos que o país vem projetando. "Claramente a gente precisa de um tempo para que as operações surjam, porque elas têm características muito específicas, mas acho que para os próximos anos o setor de infra-estrutura é um setor-chave, muito importante, e acho que vamos ter várias oportunidades", disse Luciane.
Ela considera ainda que a indústria de fundos poderá ter um importante papel no fomento à criação de um mercado secundário de dívida privada. "A indústria de fundos pode ser uma estimuladora de todo o projeto, para que essa invenção chegue ao investidor final. Como as emissões vêm aumentando, a gente tem que criar mecanismos facilitadores ao mercado secundário de crédito privado e a indústria de fundos tem um papel muito importante nisso", disse.
Apesar de não considerar as medidas suficientes para desenvolver o mercado secundário, havendo ainda necessidade de melhorias, a presidente do subcomitê da Anbima disse estar otimista para o mercado, que estaria no "caminho certo". Com isso, ela acredita que 2011 será um ano de aumento de captações na indústria e fundos.
Nesta sexta-feira, a instituição divulgou o resultado de 2010, em que os fundos de investimento tiveram recorde de captação, alcançando os R$ 105,9 bilhões. O patrimônio líquido do mercado doméstico cresceu 18% no período, na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 1,614 trilhão.
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Publicado em: 15 de Março de 2011
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